domingo, 24 de julho de 2011

caindo no banal..

Vejo tanto potencial na vida. É rara. Eu sei, eu sei que da vida já somos licenciados e ainda nem nascemos, valha-nos as amolgaduras dos outros e que baste! Mas deixem-me que vos diga, estranhou-se mas não se entranhou.
Não se fala de quem somos, de quem vimos, nem sequer, e notem bem, do cuspo por um buraco do céu que existe no corpo de um cavalo branco cujo nobre dono é um poeta roto e enlameado em retoques de um alfaiate apaixonado. É normal que te percas na frase que dá vida à vida, é assim que nos perdemos na vida, vida, vida.
Aqui, fala-se a língua de quem tem estofo para encarar momentos, de ser ora larva ora borboleta, de quem se lembra a cada milésima de segundo que o importante é ser feliz. Não é rasca, é mesmo assim. E a partir daqui, constrói-se um cais, um forte e um baloiço. Ser não é importante, é importante viver. Se escolhes-te, persegue, e onde foste bater são contos de outra história. Se te perderes, a escolha não é deixar de viver. Vale tentar, vale cerrar dentes, mostrar punho, regatear, ser palhaço, ser meia tesa, toda tesa, pau parido ou abortado, vale mais quem tirar o barrete ao sentimento, expressá-lo, engolir a silhueta dos seus olhos, ter duas bocas e dois olhos, quatro mãos e cegar a raiva. É descobrir, mas é já. É proibido o resto devido à sua inexistência. E sendo a vida tão bipolar, que lubrifica para deixar enrugar, há quem queira viver. Loucos! O mal é que não há propósito, e não há porque é muito difícil, quase impossível, é parar para ver, mas isso era viver.
mónica mata

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